Anti-romance escrito em 3 partes/capítulos/episódios/atos. Aí vai a 1ª! Aguardem os próximos 2!
Amor de Roleta
essa é a história do amor entre uma ATENDENTE DE TELEMARKETING e um TROCADOR DE ÔNIBUS. Não há aqui o encanto dos contos de fadas, nem a fantasia dos filmes românticos, nem sequer moral alguma. Não há ainda como saber se haverá um final feliz, porque, assim como vocês, eu também sou apenas uma voyeur desse jogo, com apenas a vantagem de está-lo acompanhando alguns dias à frente. Farei aqui, portanto apenas o relato esperançoso e inevitavelmente distorcido do que observo, compartilhando esse momento em que se aproximaram as vidas de um homem e uma mulher cujas rotinas não dão muito espaço a surpresas e cujos futuros não reservam muitas mudanças.
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eles já conseguiam se reconhecer. ELA pegava o ônibus religiosamente no mesmo horário. ELE religiosamente acenava com a cabeça e conferia a luz verde que aprovava o cartão dELA. ELA timidamente procurava um lugar ao fundo. ELE discretamente observava seu charmoso desconforto. E durante o trajeto ELES sentiam a presença um do outro, mas sem trocarem, por sorte, nenhum olhar. ELES aprenderam a dançar com os olhos, que, em sincronia, se desviavam, evitando o encontro.
23 pontos depois ELA descia e, da calçada, olhava o ônibus se distanciar com seu trocador sentado em seu posto com visão à altura das janelas. ELE tentava se concentrar nos trocos em trocados e na luz verde de aprovação, enquanto jurava ser capaz de ouvir os passos dela em direção a mais um dia de trabalho.
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o relógio girou feito roleta de prêmios e muitas 24h se passaram. Não vale o trabalho relatar o que aconteceu nesses meses, visto que não vai nada além do que já foi escrito. Essas vidas não dariam a extensão de um conto.
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mas a sexta-feira que se seguiu merece alguma atenção (...) CONTINUA (...)
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