enquanto passo pela via expressa e vejo o que vejo todos os dias, percebo que de novo tem o rolo de tinta que vai cobrindo a fachada antes acizentada; o carrinho de compras desses de velhinhas que anda no compasso dos passos de uma freira; na vitrine enfeites de natal em novembro; o relógio em cima da publicidade marcando mais uma vez o meu atraso; a camisa do Bernoulli que cobre a menina de cabelos curtos e lábios grossos; trancinhas provavelmente feitas pela mãe no cabelo da filha Sara com seu pai carinhoso; o broche de flor vermelha que se destaca no vestido preto da senhora de meia-calça e sapatos altos. São 10h. Faz calor. Desço do ônibus.
(27 de novembro de 2009)
Muito interessante a (des)construção deste texto Jú. Engraçado como faz com que eu me sinta em diversas épocas do ano em apenas 1 viagem de ônibus. =D
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